O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida eleitoral pelo Palácio do Planalto em 2022. É o que aponta pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) ao Instituto MDA Pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (21).
O petista teve 42,2% das intenções de voto. Em dezembro, no mesmo levantamento, Lula tinha 42,8%. A marca atingida nas duas ocasiões representa um percentual igual ou superior à soma dos outros candidatos, considerando a margem de erro de 2 pontos percentuais. Por isso, o ex-presidente ainda poderia ganhar o pleito no primeiro turno.
O novo levantamento, contudo, confirmou uma queda na distância entre Lula e o presidente Jair Bolsonaro. A tendência havia sido captada pela pesquisa PoderData divulgada na semana passada. Segundo o MDA, o ex-capitão cresceu quase 3 pontos percentuais desde dezembro.
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De acordo com o levantamento, Bolsonaro saiu de 25,6% em dezembro de 2021 para 28% em fevereiro. A distância entre os dois líderes, que era de 17,2 pontos percentuais em dezembro, caiu para 14,2, uma variação acima da margem de erro.
A pesquisa ainda mostra o crescimento de Ciro Gomes, do PDT, que volta a assumir a terceira posição. Em dezembro, o pedetista tinha 4,9% de preferência do eleitorado. Agora, o ex-governador do Ceará aparece com 6,7%.
O ex-juiz Sergio Moro, que no levantamento anterior marcou 8,9%, recuou para 6,4%. O ex-governador João Doria (PSDB) e o deputado federal André Janones (Avante-MG) apareceram com 1,8% e 1,5%, respectivamente.
A senadora Simone Tebet (MDB), o empresário Luiz Felipe Dávila (Novo) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tiveram menos de 1% das menções no levantamento. O percentual de indecisos foi de 6% e o de votos nulos e brancos, de 6,2%.
Intenções de voto no 1º turno da eleições presidenciais de 2022 nas três últimas edições do levantamento CNT/MDA / Reprodução
Segundo turno
A pesquisa CNT também simulou cenários para o 2º turno das eleições. Lula teve 53,2% diante de Bolsonaro, que apareceu com 35,3%. Contra Doria, o petista venceu por 54,9% a 16,7%. Na disputa com Moro, o ex-presidente levou por 52,2% a 29,2%.
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O único outro candidato a superar numericamente Bolsonaro é Ciro Gomes (41,9% a 37,9%). Contra Moro (34%), Bolsonaro aparece à frente (35,6%). Diante de Doria, o resultado é mais elástico pró-capitão: 41,1% a 29,8%.
Metodologia
A pesquisa do MDA foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada em 21 de fevereiro de 2021. Foram entrevistadas 2.002 pessoas presencialmente, dos dias 16 a 19 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09751/2022.
A recente pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Transporte (CNT) e realizada pelo Instituto MDA Pesquisa mostra um cenário eleitoral dinâmico e competitivo à medida que se aproxima a eleição presidencial de 2022 no Brasil. Os resultados indicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a liderança, com 42,2% das intenções de voto, ainda com a possibilidade de vencer no primeiro turno, apesar de uma leve queda em relação à pesquisa anterior. No entanto, o atual presidente Jair Bolsonaro mostra sinais de recuperação, crescendo quase 3 pontos percentuais desde dezembro, o que diminui a distância entre os dois principais candidatos.
Este cenário reflete não apenas as flutuações naturais da opinião pública, mas também destaca o papel crucial das estratégias de campanha e da comunicação dos candidatos com os eleitores. Para candidatos a cargos menores, como vereadores ou prefeitos, há lições valiosas a serem aprendidas com essas tendências.
Adaptação e Resiliência: A capacidade de Bolsonaro de recuperar terreno, apesar dos desafios, sublinha a importância da resiliência e da adaptação estratégica às mudanças no cenário político. Candidatos locais devem estar prontos para ajustar suas estratégias conforme o contexto e a recepção dos eleitores.
Comunicação Eficaz: A liderança constante de Lula nas pesquisas sugere uma comunicação eficaz com seu eleitorado-alvo. Candidatos a cargos menores precisam construir e manter canais de comunicação claros e efetivos com seus eleitores, utilizando as redes sociais e outras plataformas digitais para amplificar suas mensagens.
Foco no Eleitorado: O crescimento de Ciro Gomes para a terceira posição reitera a importância de entender e abordar as preocupações específicas do eleitorado. Candidatos devem identificar as necessidades e as expectativas de seus eleitores potenciais e adaptar suas propostas para atendê-las de maneira eficaz.
Preparação para Cenários de Segundo Turno: As simulações de segundo turno oferecem insights sobre as alianças e as estratégias que podem ser necessárias em fases posteriores da campanha. Candidatos locais também devem considerar essas dinâmicas e estar preparados para negociações e alianças que possam ser cruciais para o sucesso eleitoral.
Importância das Pesquisas Eleitorais: A utilização de pesquisas para ajustar estratégias e mensagens é uma ferramenta valiosa. Candidatos a cargos menores devem considerar pesquisas e feedbacks locais para refinar suas campanhas e abordagens junto ao eleitorado. A eleição presidencial de 2022 no Brasil ilustra a complexidade do processo eleitoral e a importância de estratégias de campanha bem elaboradas. Candidatos a todos os níveis podem aprender com esses desenvolvimentos, aplicando essas lições para melhor engajar com os eleitores e maximizar suas chances de sucesso nas urnas.