Bolsonaro evita guerra e Lula desiste de eleição: entenda as fake news do dia nas redes sociais

Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) abusaram das fake news nesta terça-feira (15). O nível das mentiras espalhadas nas redes sociais demonstra que a extrema direita no país aposta em um descolamento cada vez maior da realidade. Desde o início do dia, as redes sociais foram inundadas com informações falsas, absolutamente distante dos fatos.

Uma delas, por exemplo, dizia que o ex-presidente Lula (PT) não irá disputar as eleição à Presidência da República em outubro. A informação é falsa, foi contestada por agências de checagem e contradiz fatos objetivos. Uma outra mentira, possivelmente ainda mais absurda, aponta que Bolsonaro foi responsável por evitar uma “3ª Guerra Mundial”.

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Lula desistiu da eleição? Falso

A mentira sobre a suposta desistência de Lula em participar do processo eleitoral foi publicada inicialmente ainda na tarde de segunda-feira (14) por um perfil identificado como Frank César no Twitter. Ele afirma atuar como jornalista. O suposto profissional divulgou a informação às 15h45 e, depois, repetiu tuítes com a notícia falsa por algumas vezes.

Pouco depois, a suposta informação de Frank César já estava publicada por outros perfis em outras redes sociais, como o Kwai e o YouTube. Um vídeo disponível nas duas redes sociais associou a notícia com uma outra informação falsa, a de que Adélio Bispo de Oliveira teria incriminado o PT pela facada no então candidato Bolsonaro nas eleições de 2018.

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Na manhã desta terça-feira (15), o termo #OLadrãoArregou aparecia entre os mais publicados no Twitter no Brasil. Em menos de 24 horas, foram publicadas mais de 12 mil mensagens com a hashtag. A conta não considera publicações que não incluíram o termo exato, portanto, o número de tweets com a informação falsa deve ser ainda maior.

Termo entre os mais comentados no Twitter no Brasil, por volta das 10h desta terça-feira (15) / Reprodução

Bolsonaro parou a guerra? Falso

Também na manhã desta terça (15), o ex-ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) publicou uma montagem que atribuía à CNN a informação de que o presidente Jair Bolsonaro evitou “a 3ª Guerra Mundial”. Na imagem falsa, a frase mentirosa apareceu como suposto motivo do recuo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, para invasão da Ucrânia.

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A CNN Brasil teve que desmentir Salles. “A sinalização de Putin tem sido veiculada pela CNN desde ontem [segunda-feira (14)]. A imagem publicada por Salles foi compartilhada por grupos bolsonaristas. Mais cedo, o presidente Bolsonaro publicou uma imagem em que a CNN Brasil informa o recuo de Putin. Na mesma postagem, o presidente informou que estava no espaço aéreo russo”, disse à emissora.

Nas redes sociais, deputados e líderes bolsonaristas publicaram a imagem de Salles e diversas outras afirmando que “Bolsonaro parou a guerra”, mesmo que a decisão do recuo russo tivesse sido tomada antes do presidente brasileiro pousar em solo russo. Às 11h15, a hashtag #BolsonaroEvitouAGuerra era a mais comentada no Twitter no Brasil.

Na era da informação, onde as redes sociais desempenham um papel crucial na formação da opinião pública, a disseminação de fake news, como as alegações infundadas sobre a desistência de Lula das eleições ou a suposta intervenção de Bolsonaro para evitar uma guerra, exemplificam os desafios enfrentados pelos políticos na era digital. A capacidade de discernir a verdade no meio de um mar de desinformação torna-se um ativo inestimável, não apenas para o eleitorado, mas também para os candidatos que buscam estabelecer uma comunicação autêntica e eficaz com seus potenciais eleitores.

Neste contexto, a importância de uma base de eleitores bem-informada e engajada nunca foi tão crítica. Para um candidato, seja a vereador ou prefeito, a construção de uma plataforma digital robusta que permita a disseminação de informações verídicas e a promoção de um diálogo aberto com os eleitores é uma ferramenta indispensável para o sucesso eleitoral. Através de uma base de eleitores personalizada, candidatos podem não apenas combater a desinformação, mas também destacar suas propostas e as vantagens que sua campanha oferece, conectando-se de maneira significativa com cada eleitor.

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